quinta-feira, 2 de abril de 2009

pesquisa animais

Aves de rapina- Humanos mal vêem um rato a 50 metros de distância, mas aves de rapina fazem isso a mais de 350 metros. Um jeito de chegar lá é colocar mais receptores nas nossas retinas, o que pode exigir cirurgias de aumento de olhos.

Abelha-Enxergar em ultravioleta, como fazem borboletas e abelhas, doeria menos: terapias utilizando seqüências genéticas desses animais poderiam mudar as freqüências percebidas pelas nossas retinas.

Mosca-É que o tempo de reação desses insetos é muito menor que o dos seres humanos: a mosca se prepara para desviar de um tapa em 30 milésimos de segundo, enquanto demoramos ao menos quatro vezes mais para redirecionar a mão e tentar acertá-la. Medindo a transmissão de impulsos elétricos emitidos por um neurônio associado à visão de moscas-varejeiras, um trio de físicos começa a desvendar como as informações captadas pelos olhos do inseto conseguem chegar tão rapidamente – e preservadas a ponto de conservar os dados essenciais sobre o ambiente – ao sistema nervoso central, responsável pelo comando para mudar a inclinação das asas e alterar a direção de vôo, escapando do mata-moscas.

Morcego-Também deixamos de ouvir freqüências altas, como as ouvidas por morcegos, porque o nosso aparelho auditivo fica escondido no interior dos ouvidos. Cirurgias nos dariam orelhas sensíveis e implantes eletrônicos ampliariam a gama de sons que podemos captar.

Corujas- Detectar sons muito baixos é vital para corujas, mas difícil para humanos por conta do formato das nossas orelhas.

Cachorro- Cachorros reconhecem qualquer coisa pelo cheiro. A bióloga Debra Ann Fadool, da Universidade da Flórida, EUA, acha que poderíamos fazer o mesmo. Ao bloquear o gene Kv1.3 em ratos, ela aumentou entre 1 000 e 10 mil vezes a sensibilidade deles a cheiros. Também temos esse gene – resta saber o que ele pode fazer por nós.

Tamarutaca-Há um animal, no entanto, para o qual as pressões evolutivas para a visão parecem ter sido especialmente fortes. A tamarutaca (mantis shrimp, foto) é um bixo semelhante a uma lagosta, que vive no fundo do oceano e tem um corpo de mais ou menos 30cm. Enquanto que os humanos têm normalmente 3 receptores para visão colorida, ela tem 12 ou mais receptores, algumas espécies chegando a 16, conferindo uma visão hiper-espectral, incluindo infravermelho e ultra-violeta, passando por tonalidades inimagináveis. Enquanto nós temos uma percepção de profundidade binocular numa faixa estreita à nossa frente, a tamarutaca tem visão trinocular que percebe toda a sua circunferência. Seus olhos são considerados os mais complexos do reino animal.

Cobras- Todos os animais de 'sangue quente' (aves e mamíferos), corretamente denominados de homeotérmicos, emitem raios de calor do tipo infravermelho, formando uma espécie de 'áurea' invisível... As serpentes noturnas, que alimentam-se de animais homeotérmicos, possuem, de cada lado da cabeça, um orifício entre o olho e a narina, chamado de Fosseta Loreal. Estas aberturas, direcionadas para o focinho do animal, possuem uma membrana ricamente enervada com terminações nervosas capazes de perceber variações de calor de até 0,5 graus Celsius num raio de 5 metros de distância. As emissões de calor, emanadas pelo animal homeotérmico, atingem a membrana e, por meio das enervações ligadas ao cérebro, criam uma 'imagem térmica' altamente precisa, fornecendo o tamanho do animal (através das concentrações dos raios infravermelhos ), a distância (através da variação de temperatura) e os movimentos (pelo deslocamento da 'imagem térmica').

Gatos-Os bigodes auxiliam na navegação e tato. Podem detectar pequenas variações nas correntes de ar, possibilitando ao gato descobrir obstruções sem vê-las, facilitando o deslocamento na penumbra. As fileiras mais elevadas dos bigodes movem-se independentemente das inferiores para medições ainda mais precisas.
Especula-se que os gatos podem preferir guiar-se pelos bigodes especializados que dilatar as pupilas na totalidade, o que reduz a habilidade de focar objectos próximos. Esses pêlos também alcançam aproximadamente a mesma largura do corpo do bicho, permitindo-o julgar se cabe em determinados espaços.